Foto: JCSOliveira
Oh! por-de-sol cor de ouro da minha ilha morena
quese espreguiça de amor, nos braços da tarde amena
numa explosão colorida, resplandecente de luz!
É tão belo de se olhar, na grande orgia de cores
que nos deixa estonteados, embevecidos, parados
mil preces balbuciando e sobre o peito trançado
num silêncio emocionante, o grande Sinal da Cruz!
MOSQUEIRO- é um presente de Deus que se espalha
por todas as raças, sem haver distinção
pois todos se irmanam na dança das horas
num amor verdadeiro, desnudo, inocente
amor que se entrega, que é parte da gente
afeto que une formando oração.
FAROL, meu FAROL, encharcado de amores
do mastro solene lembrando ternura
das tardes quietas cantando varões...
Terreal que nos leva a sonhar quietinhos
sem poder nem falar, lembrando carinhos
sob um céu colorido, onde nuves se abraçam
e conversam baixinho contando segredos
de estrelas cadentes, falando mistérios
da brisa que leva e que traz emoções.
Tudo isso é Mosqueiro, é o Farol, é a Vila
é aquele pôr-do-dol, envolvente, perfeito
que abençoa, a sorrir, quem o ama a rezar.
Que agoniza entre nuves sangrentas, manhosas
vestidas de ouro pra a noite agradar...
As férias terminam, mas resta a esperança
que a ilha não mude, simplória e faceira
tão cheia de graça, e de malemolência
dormindo feliz entre espelhos e estrelas.
Cantando e amando o pedaço de chão
que a faz tão ditosa, irreal, deslumbrante
inquieta, ao luar, em forma de canção!
Celeste Proença
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