É Mosqueiro acordando entre afagos de nuvens
ouvindo murmúrios da mata a se amar
dormindo feliz ao escutar serenatas
em doce ternura da rede a embalar...
Não deixes que tirem tua simplicidade
de índia, cabocla, tapuia a sorrir
saudando a quem chega de braços abertos
amando a quem fica para não partir.
É tanta a beleza que emana da ilha
é tanta a festança em maré de emoção
que o tempo abre a porta e Deus aparece
jogando mil bençãos em cada oração.
Mas é mês de julho e Mosqueiro é uma festa
em tudo o que é estrada, nas praias sem fim.
A ilha morena se cobre de flores
criando mais cores - é toda um jardim.
Gritinhos no ar balançam o arvoredo
e chuvas bem gordas despencam dos céus
limpando o infinito pra a lua cirandar
É um lugar de alegria, simplório, risonho
recorte de um mundo onde eu quero viver
amando o que resta de todos os sonhos
o encanto das horas, de um amanhecer.
Visitem o Mosqueiro e esqueçam a violência
o resto lá fora, eu nem quero saber
e abracem, felizes, manhãs gloriosas
tão cheias de vida, tão harmoniosas
e digam depois se querem morrer!
Celeste Proença
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