sexta-feira, 26 de novembro de 2010

POESIAS DE JOSÉ DO EGITO


ALGUMAS LINHAS

O que objetiva tantas palavras? O que significa o título?

Bem, no começo e na maioria das vezes usei a escrita como uma forma de arquivar o tempo, marcar uma época ou simplesmente não permitir o esquecimento de alegrias, dores, experiências, idéias, imaginações, desejos subjugados e qualquer outro tipo de emoção que já tropecei pelo ainda curto caminho, chego muitas vezes a forçar a criatividade na tentativa de deixar um trabalho que transmita um entendimento rápido e amplo. Embora aparentando serem dedicadas a pessoas me antecipo em dizer que essas pessoas não existem ou são substitutos de coisas, lugares, tempo e até certas situações.
Já usei essas palavras com tantas funções, que chega a se confundirem pois quem já foi arma, escudo, vingança, fala também de sonhos bons e até de paixão de se ter um grande amor e poder vivê-lo.
Do titulo, na realidade, ainda é um mistério, talvez surgido de ocasiões ou conflitos sem origens e sem respostas. Procuro achar o que ninguémencontrou quando e onde estava procurando, e finalizo afirmando que, descobrir-se em um enigma e se aproveitar de seu significado, é sinal de que tudo melhorará.

José do Egite
(Há mais de 20 anos)


ESQUINA

Na esquina dos meus pensamentos
Encontrei na contra-mão o passado
Já érdoado, não magoa mais
Não doi mais e está atrasado
Em meio desalinho,abatido
A quem hoje está assombrando?
A quem dedicou a velha canção?
Não perdeu o jeito, sempre aprontando
Quem sabe numa velha foto, num parque
Numa praça, num sorrisoespontâneo
Um tiket na mão, num portão de embarque
Sua presunção só me faz rir
Você há muito já foi esquecido
Hoje éapenas um fantasma ridículo
Procurando vítimas de amores perdidos
Sempre retorna usando novos métodos
Uma frase íntima com aquele seu jeito sexy
Porém muito meu amigo,
Hojé lhe apagarei com extintex.


ARTE MAIOR

Sobreviver épreciso
E do outro lado da porta
Todo o universo reunido
Também é imprescindível
Um importante detalhe
Que a própria vida esquece
E não deixa que se espalhe
A vida é uma dádiva
Algo mais que uma simples existência
Criação doArtista Maior
Porém sem garantia de sobrevivência.


NEM TUDO

Do muito que já fui
Nem tudo foi nobreza
Nem tudo foi fingido
Nem sempre fui bandido
De tudo que sonhei
Nem tudo foi grandeza
Nem tudo foi concedido
Uns permitidos, outros impedidos
De tanto que já fui
Nem sempre vi beleza
Nem tudo foi absorvido
Quase nada ficou entendido
O mundo que imaginei
No qual não existia avareza
Não chegou a ser concedido
Foi ignorado e esquecido
De tudo que ouvi
Nem tudo teve clareza
Nem tudo foi compreendido
E soava como som desconhecido
Do pouco que fiz
Nem tudo foi certeza
Nem sempre foi reconhecido
Mas nem tudo foi tem perdido!


NOIVA

Brota na manhã
Estrela do meu jardim
Charmosa e cheirosa
Nasce com o sol, nasce para mim
Impregna com o seu perfume
O ar que eu respiro
De cor encantadora
Capaz de provocar suspiros
Perfeito botão de mulher
Mais uma benção da natureza
Suave pele em pétalas
Traços de fina delicadeza.


(...)

sábado, 6 de novembro de 2010

POESIAS: PROJETO PARA MOSQUEIRO

PROJETO: I CONCURSO DE POESIAS DE VERÃO PARA MOSQUEIRO

TEMA: "Canto de Saudade e de Amor pela Ilha"

Em homenagem ao 105º Aniversário de Mosqueiro

Em maio do Ano 2000, apresentei a Agência Distrital de Mosqueiro, o meu primeiro projeto de poesias para mosqueiro. Depois de muito trabalho de pesquisas e contatos com poetas e poetisas, meu pedido não foi atendido por aquela repartição, demonstrando total desinteresse pelo assunto.

Alegação: Inviável colocá-lo em prática.

O projeto não foi engavetado, continua de pé e, já apresenta uma nova roupagem para colocá-lo em prática, sem o apoio da Agência Distrital, se for possível.

A realização do projeto é de interesse de todos e, como sabemos, há poetas em mosqueiro que precisam de estímulo e do nosso apoio na realização desse empreendimento.

Em 2011, com certeza, este trabalho tomará forma e será colocado em prática, isto, graças a um grupo de poetas que amam mosqueiro e aceitaram o desafio.

Aguardem!
As inscrições serão divulgadas em breve e esperamos contar com a participação dos interessados e amantes da boa poesia.

Local previsto será o coreto da Praça Matriz.

Aproveitamos a oportunidade para pedir a sua opinião.

Contatos:
jcsoliveira_uema@hotmail.com

sábado, 14 de agosto de 2010

I CONCURSO DE POESIAS DE VERÃO PARA MOSQUEIRO

TEMA: "CANTO DE SAUDADE E DE AMOR PELA ILHA"
EM HOMENAGEM AO 105º ANO DE ANIVERSÁRIO
JULHO/2000

Em julho de 2000, apresentei ao agente distrital de Mosqueiro, (Paulo Uchoa), através de requerimento protocolado, o projeto de intenção e solicitação de apoio, para a realização do evento acima, com previsão para o mês de julho, conforme apresentação, justificativa e objetivos, constante daquele documento.

O requerimento data de 14/06/00, entretanto não obtive parecer favorável daquele órgão até a data prevista para início das inscrições e realização do evento em 06/07/00, data do aniversário da Ilha-Balneário, em homernagem ao 105º ano de aniversário, tendo como local o Centro Cultural Praia Bar, na Vila de Mosqueiro.

Aliada a programação das festas de Verão e às festividades de aniversário, está sendo apresentado a essa Agência Distrital a proposta de inclusão de realização do Primeiro Concurso de Poesias, sob o título "Cantos de Saudade e de Amor pela Ilha", tendo por objetivo incentivar a comunidade local e os veranistas a participarem deste evento, justificado pelas lembranças, pelo encantamento, pela tranquilidade e pela beleza natural que inspira poetas e seduz casais de enamorados e que deixa seu povo e os visitantes extasiados pela magia dos lugares paradisíacos e pelo convite irrecusável ao amor e pelo sentimento de afetividade pela ilha, guardados no mais profundo íntimo de cada amante do lugar.

Nessa (no verão) época do ano, mosqueiro é visitado por pessoas de Brasil inteiro, que buscam nesse balneário alguma coisa que não encontram em nenhum outro lugar. E mosqueiro tem. Entre outras singularidades, a Vila oferece belas praias de água doce e ainda com ondas, o que lher dá uma característica própria.

Quando o paraense fala de férias ou verão é inevitável deixar de falar em mosqueiro, hoje sem dúvida, a maior e melhor opção de lazer e descanso. E este ano (2000), o paraense tem uma razão a mais para lembrar de mosqueiro, é que está se vivendo o 105º aniversárioo da Ilha.

A beleza de mosqueiro, cantada em verso e prosa, conquistou ao longo do tempo muitos corações, como os dos eventureiros do século XVII, que desembarcaram na Ilha apaixonados pela beleza natural de suas paragens.

A Ilha, de incomparável beleza, atraiu os portugueses e outros povos do período colonial, em busca de sombra e água fresca. As ricas famílias buscavam paz, sossego, tranquilidade e o romantismo de uma paisagem bucólica durante as férias. Feliz com descoberta, a sociedade portuguesa resolveu trazer para a ilha a sua cultura, o mesmo acontecendo com os franceses e ingleses, conforme podemos observar na arquitetura através dos casarões antigos, sem deixar-mos de mencionar as influências da cultura indigena, marcante no processo de moquear, originando o nome do lugar.

Muitas são as lendas, estórias, versos e poesias dedicadas a Ilha, que ficaram no tempo encantando até hoje nativos e visitantes. Seus compositores, fazem a beleza e a originalidade da ilha em seus cantos, seus visitantes expressam esse amor e inspiram suas poesias nas características de mosqueiro, havendo razões de sobra para citar e divulgar muitas delas, entre outras, "SOS a Samaumeira", de Graciliano Ramos Milhomem; e "Intimidade", de Celeste Proença.

Além da finalidade de incentivo cultural, visto que o Projeto destina-se a homenagear a Ilha pelo seu 105º Aniversário e às festividades de Verão, há uma preocupação pela reunião do material coletado que poderá ser recebido dos compositores para a edição de um livro de poesias para Mosqueiro, para utilização em bibliotecas da rede de ensino municipal e estadual e para a comercialização com fundos destinados á instituições carentes da Ilha.

O projeto objetiva realizar um Concurso de Poesias para Mosqueiro, procurando incentivar os compositores e poetas da Ilha e veranistas, para o resgate cultural e para esta maravilhosa arte da escrita; reunir poemas e poesias dedicados a mosqueiro, escritas por poetas da Ilha e admiradores. Especificamente, procura contribuir com a progração das festividades de Verão, coordenadas pela Agência Distrital de Mosqueiro e incentivar a arte poética local, através de Concurso.

O projeto seria administrado pela Agência Distrital de Mosqueiro, através do Centro Cultural "Praia Bar", sob a coordenação dos Srs. Marcos e Georgenor Kalife.

Poderiam participar pessoas físicas, sem limite de idade, grau de instrução, nacionalidade e profissão.

Observação:
Os participantes continuarão como proprietários de seus trabalhos, podendo integrarem um livro de poesias, tendo o destino e fim o já citado.

O projeto poderia, em parte, ser alterado visando ao enquadramento e necessidade da progração para realização do evento, entretanto a estrutura deverá ser mantida assim como o tema proposto.


Observação do autor:
Infelizmente, pela falta de apoio e autorização para a realização do evento no local indicado, o mesmo não foi realizado e aos interessados em participar restaram agradecimentos.

José Carlos da Silva Oliveira
Mosqueirense




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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MOSQUEIRO DO POVO DO AMOR

azuirfilho · Campinas, SP
12/9/2007 · 268 · 58


MOSQUEIRO DO POVO DO AMOR

É pra orgulhar a humanidade, esse tão divino ideal.
Leite e mel sonho de verdade, o nosso Paraiso Tropical.
Espaco abencoado colorido, encantado jardim em flor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Um local tao aprazivel, Vila bucólica demais exuberante.
Do Mistério indescritivel, de mil personagens fulgurantes.
Sonho é o seu apelido, tem o mito da sereia e do pescador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Muita luz é um arrebol, é dos Tupinambazes e Murubira.
Magia da Vila a Baia do Sol, da Índia Guerreira Oceanira.
Uma exposicao ao Cupido, assim é que diz cada trovador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Terra e povo ritmado, do trabalhador religioso e festeiro.
Povo amigo e determinado, do orgulho de ser Brasileiro.
Tao Heróico, Justo e garrido, de muita garra e destemor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Tem tao linda harmonia, e a capacidade da superacão.
Demais humana a sua Filosofia, e poderosa a sua oracão.
É Amável e aguerrido, Guerreiro terrivel ao se indispor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Construtordo seu sentimento, um povo amante do mar.
Do amor e do desprendimento, do sonho e do trabalhar.
Tem propósito e tem sentido, prova o Índio e o pescador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

De Deus uma terra formosa, um maravilhoso presente.
Tao Divina e portentosa, Terra de fascinar a toda gente.
De longe ao se ouvir o ruido, é a procissao ou o cantador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

A mais solicirtadaalegria, cantada com amor em cancao.
Tem toda graca na luz do dia, assim vive a sua imensidao.
Ali se toma um Partido, é Nossa Senhora e Nosso Senhor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Azuir, Oceanira Conceicao, Junior, Patricia, Giovani,
e Amantes de Mosqueiro, Belém PA. Julho 2007.

Disponível em:
http://www.overmundo.com.br/guia/mosqueiro-do-povo-do-amor-1
Pesquisa em 13/08/2010

MOSQUEIRO DO POVO DO AMOR

azuirfilho · Campinas, SP
12/9/2007 · 268 · 58


MOSQUEIRO DO POVO DO AMOR

É pra orgulhar a humanidade, esse tão divino ideal.
Leite e mel sonho de verdade, o nosso Paraiso Tropical.
Espaco abencoado colorido, encantado jardim em flor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Um local tao aprazivel, Vila bucólica demais exuberante.
Do Mistério indescritivel, de mil personagens fulgurantes.
Sonho é o seu apelido, tem o mito da sereia e do pescador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Muita luz é um arrebol, é dos Tupinambazes e Murubira.
Magia da Vila a Baia do Sol, da Índia Guerreira Oceanira.
Uma exposicao ao Cupido, assim é que diz cada trovador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Terra e povo ritmado, do trabalhador religioso e festeiro.
Povo amigo e determinado, do orgulho de ser Brasileiro.
Tao Heróico, Justo e garrido, de muita garra e destemor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Tem tao linda harmonia, e a capacidade da superacão.
Demais humana a sua Filosofia, e poderosa a sua oracão.
É Amável e aguerrido, Guerreiro terrivel ao se indispor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Construtordo seu sentimento, um povo amante do mar.
Do amor e do desprendimento, do sonho e do trabalhar.
Tem propósito e tem sentido, prova o Índio e o pescador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

De Deus uma terra formosa, um maravilhoso presente.
Tao Divina e portentosa, Terra de fascinar a toda gente.
De longe ao se ouvir o ruido, é a procissao ou o cantador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

A mais solicirtadaalegria, cantada com amor em cancao.
Tem toda graca na luz do dia, assim vive a sua imensidao.
Ali se toma um Partido, é Nossa Senhora e Nosso Senhor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Azuir, Oceanira Conceicao, Junior, Patricia, Giovani,
e Amantes de Mosqueiro, Belém PA. Julho 2007.

Disponível em:
http://www.overmundo.com.br/guia/mosqueiro-do-povo-do-amor-1
Pesquisa em 13/08/2010

JULHO EM MOSQUEIRO

azuirfilho · Campinas, SP
16/7/2008 · 263 · 48


JULHO EM MOSQUEIRO

Muita badalação, num movimento extraordinário.
Uma Festa de imensidão, um apaixonante ideário.
Belém quase por inteiro, incrementando a curtição.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

É uma festa sem igual, um Carnaval de meio de ano.
Um momento sensacional, sem bronca ou desengano.
Haja mesmo é dinheiro, porque o gastar fica atração.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

Um encontro da Juventude, com a família presente.
Nada estraga a plenitude, nem o arengueiro valente.
É um povo bom e ordeiro, que minimiza a confusão.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

É diversão pra toda idade, e ninguém s deixa faltar.
É a cara da Comunidade, temos dessa gente exaltar.
Orgulho de ser Guerreiro, com Paz, Luz e Imensidão.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

Um frenesi apaixonante, uma gente toda iluminada.
Um ambiente cativante, e uma festança tão danada.
Ali se encontra o farofeiro, com o chick da ocasião.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

Festa de Amor e Poesia, por demais impressionante.
A mais incrível magia, tudo e todos no interessante.
A imensidão do Brasileiro, na sua plena manifestação.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

Cada noite é uma criança, com dia e noite a emendar.
Pra desfrutar em confiança, a todas férias aproveitar.
Anular o tranqueiro, e ajudar estabelecer a comunhão.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

Vem gente boa de todo lugar, neste Pagode sem fim.
É Pajelança pra desfrutar, Kizomba da boa é assim.
Pro dançar verdadeiro, e todas formas de expressão.
Julho em Mosqueiro, As Mil e Uma Noites de Verão.

Azuir, Oceanira. Patrícia, Giovani, Marcos, Nenca,
Vanessa, Socorro, Juliana, Andréia, Glorinha, James,
Oceanira, Socorro, Mirna, Junior, Elvis, Ewelin e,
Turmas, Unicamp, Mosqueiro e Rocha Miranda


Disponível em:
http://www.overmundo.com.br/agenda/julho-em-mosqueiro-belem-do-para
Pesquisa em 13/08/2010

Uma ilha chamada Mosqueiro:- gerações de bem viver.

Ilha do Mosqueiro- 2008
Uma ilha chamada Mosqueiro:- gerações de bem viver.

À beira-rio, em que se misturam todas as raças da alegria.
Marés de lembranças caboclas.
Praias que transbordam saudades.
Território de férias paraenses.
.
"A história de Mosqueiro se confunde com a história da colonização da Amazônia, particularmente do Estado do Pará e de sua capital. É a história de um arquipélago singular, localizado na fantástica foz do rio Amazonas que vem encantando os viajantes durante séculos."
escreve > Eduardo Brandão na Revista Ilhas Amazônicas)

Disponível em:
http://ronaldofranco.blogspot.com/2008/10/ilha-do-mosqueiro-2008.html
Data da pesquisa: 13/08/2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

"Mosqueiro"

Praia do Murubira
JCSOliveira

"Mosqueiro"

A praia da minha canção.
O vento...
O rio que nem é azul
nem corre e sem tem ondas como o mar.
O vento...
A chuva da minha ilha é diferente,
ela vem do horizonte.
Sempre vem de lá,
Da direita da enseada,
avançando pela praia
como um rio ventical.
O vento...
De onde ele vem?
Vem da praia.
Vem do mato.
Vem da minha lembrança,
Do oceano de minha mão.

Lilia Chaves

segunda-feira, 14 de junho de 2010

MOSQUEIRO DO POVO DO AMOR

Azuir Filho
Trapivhe de Mosqueiro, Ilha do Amor
1
azuirfilho · Campinas, SP
12/9/2007 · 268 · 58
MOSQUEIRO DO POVO DO AMOR

É pra orgulhar a humanidade, esse tão divino ideal.
Leite e mel sonho de verdade, o nosso Paraiso Tropical.
Espaco abencoado colorido, encantado jardim em flor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Um local tao aprazivel, Vila bucólica demais exuberante.
Do Mistério indescritivel, de mil personagens fulgurantes.
Sonho é o seu apelido, tem o mito da sereia e do pescador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Muita luz é um arrebol, é dos Tupinambazes e Murubira.
Magia da Vila a Baia do Sol, da Índia Guerreira Oceanira.
Uma exposicao ao Cupido, assim é que diz cada trovador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Terra e povo ritmado, do trabalhador religioso e festeiro.
Povo amigo e determinado, do orgulho de ser Brasileiro.
Tao Heróico, Justo e garrido, de muita garra e destemor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Tem tao linda harmonia, e a capacidade da superacão.
Demais humana a sua Filosofia, e poderosa a sua oracão.
É Amável e aguerrido, Guerreiro terrivel ao se indispor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Construtordo seu sentimento, um povo amante do mar.
Do amor e do desprendimento, do sonho e do trabalhar.
Tem propósito e tem sentido, prova o Índio e o pescador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

De Deus uma terra formosa, um maravilhoso presente.
Tao Divina e portentosa, Terra de fascinar a toda gente.
De longe ao se ouvir o ruido, é a procissao ou o cantador.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

A mais solicirtadaalegria, cantada com amor em cancao.
Tem toda graca na luz do dia, assim vive a sua imensidao.
Ali se toma um Partido, é Nossa Senhora e Nosso Senhor.
Mosqueiro do Povo Querido, em Belém a Ilha do Amor.

Azuir, Oceanira Conceicao, Junior, Patricia, Giovani,
e Amantes de Mosqueiro, Belém PA. Julho 2007.

Disponível em: http://www.overmundo.com.br/guia/mosqueiro-do-povo-do-amor-1
EM: 14/06/2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

MOSQUEIRO EM TEMPO DE MARÉ ALTA


MOSQUEIRO EM TEMPO DE MARÉ ALTA


Celestre Proença


Mosqueiro, Mosqueiro, que canta e se espalha
em grande aguaceiro, morrendo de rir...
Mosqueiro do verde, do verde esperança
do branco empoando as folhas bem altas
de esguias imbaubeiras que dançam e se miram
se viram e reviram
segredando à brisa que é tempo de amar
Não importa, meu bem, se chove ou faz sol
Carinho tem hora, beleza tem dia, amor tem lugar?...
Vem vindo bem perto o beijo esperado
o abraço apertado de que se quer bem!
Vem vindo ditoso, bem agasalhado
na boca da noite que a lua embrulhou
Se chove de dia, se chove bem forte
aguarda que a noite é só de luar
Lavaram as calçadas banharam as estradas
e até o sol cinzenta já mudou de cor!
É céu azulado, todo acolchoado
de algodão bordado, pra lua passear
E quando ela surge no céu tão limpinho
o mar com carinho começa a cantar
Ah! Mosqueiro engraçado, de tanto contraste
em que até os insetos
se organizam em filas para saravadar (saravá)
É grilo, é mosquito
é tanto bichinho saindo das trocas
que a gente se esconde, se embrulha e reclama
porque ninguém pode mais
sair de casa para passear!
Violões aparecem contando vantagens
em acordes que vibram a causar sensação
E a gente se anima e os sons vão chegando
num balanço doce em suave oração...
Tudo isso é Mosqueiro em paisagem de inverno
em tempo de chuva, pra falar melhor.
Deixem que ela venha, ora forte, suave
revirando a ilha, sem temer ninguém!
Derrubando muros, arrancando plantas
remexendo areia pra jogar ao mar
Todo mundo sabe que chegou seu tempo
que não adianta nada a gente se zangar.
A brisa azougada bloqueia os caminhos
e enxágua o infinito pra o sol se deitar
E a gente aproveita pra ver maré alta
crescendo e cantando pra nos alegrar
voltando a ser jovem, de novo criança
amando a esperança dos dias que virão.
Ó Deus da beleza, Ó Deus das crianças
eu amo esta ilha de sonhos formada
cheínha de afeto, tão apaixonada
qual doce feitiço que faz tanto bem!
Te quero cantando, mais nova, mais bela
como Cinderela, sorrindo a dançar
Trazendo nas mãos punhados de areia
das praias formosas, das terras sem fim
Guardando o mistério, a beleza e a denguice
toda a faceirice de cunhã mirim...
Com chuva ou com sol, no inverno ou verão
tristonha ou sorrindo eu te quero feliz
Mosqueiro moreno, de doce veneno
cantando em surdina no meu coração!

Celeste Proença
Louvação ao Mosqueiro
... e outros escritos
Editora Grafisa, 1983
Belém - Pará


SOBRE O MOSQUEIRO

Sobre o MOSQUEIRO

...refúgio do belenense que, ali, retempera o corpo e o espírito,
em suas praias, em sua paisagem, em seus dias de paz feliz
e tranquilizadora.

Augusto Meira Filho

("MOSQUEIRO, Ilhas e Vilas")

terça-feira, 8 de junho de 2010

SARAU EM MOSQUEIRO - Chibé e Poesia

terça-feira, 1 de junho de 2010

SARAU EM MOSQUEIRO

Recebi de vários amigos, aqui representados pelo ilustre poeta Rui do Carmo(foto) e repasso para vcs meus queridos leitores.
.
.Atenção Extremo Norte; Sarau na casa do professor Larison.
.
.Nosso sarau em Mosqueiro será no dia 3 de julho, às 20h. Na ocasião, relançaremos o livro UM ENCANTO DE ILHA.
.
.Conto com o Extremo Norte nesse sarau de início de veraneio.
.
.Local: Pas. Santa Tereza, 14, Ariramba (próximo ao Point do Alemão e barraca do Toda).
.
.
.
.Isso quer dizer que nem um poeta do Extremo Norte poderá faltar, viu?

.
.LÍGIA SAAVEDRA




Celeste Proença lança quarto livro de poesia


Celeste Proença lança quarto livro de poesia

Tamanho da fonte:

A professora, poetista e letrista Celeste Proença, irmã da imortal Adalcinda Camarão, lança hoje o livro de poemas “É tempo de saudade”, que reúne poemas inéditos e outros publicados em jornais ao longo de dez anos. O lançamento será logo mais, a partir das 20h30, no restaurante Roxy (avenida Senador Lemos com a Almirante Wandekolk).

Para Celeste, os meses de maio e junho têm um significado especial. Seu companheiro Edyr Proença, que fazia aniversário no dia 19 de maio, faleceu no dia 5 do mesmo mês, no ano de 1998. No dia 31 de maio de um ano longínquo, o casal, que chegou a comemorar bodas de ouro, se unia matrimonialmente. Hoje, dia 23 de junho, Celeste comemora seus “gloriosos 87 anos”, como faz questão de afirmar.

Foi para esta data que os filhos de Celeste, Edyr Augusto, Edgar Augusto e Janjo Proença marcaram o lançamento do quarto livro da escritora, com poesias que eles próprios selecionaram. “Para mim (o lançamento) foi uma grande surpresa. Eles reuniram as poesias, fizeram a capa, a impressão, tudo sem eu saber”, diz ela, sem esconder a satifação.

O título do livro remete à época em que a família Proença se reunia na antiga casa do Lago Azul para as festas de aniversário da matriarca, na véspera de São João: fogueira, violões, flautas e cavaquinhos seguiam até o amanhecer do dia, quando os convidados saíam com as garrafinhas de banho de cheiro que Celeste distribuía. “É uma saudade grande, alegre e infinita. São lembranças que a gente jamais pode esquecer”, diz Celeste.

Celeste tem três livros publicados, todos eles de poesia: “Louvações ao Mosqueiro e outros Escritos”, “Enquanto o soninho não vem” e “Escorregando no tempo”.

Membro de diversas associações literárias pelo Brasil, entre elas a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil e a Academia Castro Alves de Letras (BA), a poetisa já conquistou prêmios em certames como o Concurso Raimundo Corrêa, o Concurso Literário Funtelpa e o Concurso Paraense de Trovas.

Porém, mesmo com toda essa bagagem, Celeste diz que sua maior obra parece ser mesmo a família.

“Edyr Augusto puxou ao pai, está no meu sangue. O Edgar é mais contido, está nos meus nervos. E Janjo, muito criativo, está na minha cabeça”, orgulha-se a matriarca, afirmando que cada um trilhou o seu próprio caminho, mas todos têm um ponto em comum: a paixão pelas letras.

Serviço

Lançamento do livro “É Tempo de Saudade”, de Celeste Proença. Hoje, a partir das 20h30, no restaurante Roxy (Senador Lemos com Almirante Wandekolk). (Diário do Pará)

Fonte: http://www.diariodopara.com.br/N-48948.html

SUCURIJUQUARA É MOSQUEIRO É ALVINA

SUCURIJUQUARA É MOSQUEIRO É ALVINA

Azuir Filho - Campinas, SP
5/6/2009 · 40 · 35





É uma terra abençoada, em vida foi Alvina que cuidou.
Nenhuma moradia era cercada, e ninguém ultrapassou.
Era um Quilombo altaneiro, defendido pela população.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Ela jovem fundou o local, e foi formando a comunidade.
De respeitabilidade total, a todos ensinava humanidade.
O povo ficou hospitaleiro, recebia com toda Educação.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Contam que corria pela mata, pela praia e atingia o Céu.
Amiga, responsável e cordata, embelezar era o seu papel.
Cuidava do povo Guerreiro, e da doce terra com paixão.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Ela que escolheu ali, porque tinhas razões de História.
Foi um lugar de reunir, os que fugiam da luta inglória.
Era um unir verdadeiro, Índio e Negro eram como irmão.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Com tudo ela foi cuidadosa, e fazia cada um aprender.
Tinha erva que era venenosa, tinha de saber proceder.
No comportamento obreiro, pra merecer a comunhão.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Era Santa Mulher rezadeira, que curava no interceder.
De todos tinha sido a Parteira, e fez a cada um nascer.
Tinha o Moral sobranceiro, e todos lhe tinham devoção.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Este solo é um santo lugar, pois sempre foi bom de viver.
É sagrado pra gente honrar, pra gente fazer por merecer.
Cupuaçu, bacuri e jambeiro, têm muito fruto e satisfação.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Gente experiente de navegar, e que tem conhecimento.
Gente amante do rio e do mar, transbordando sentimento.
Tem um povo bom canoeiro, pescador que tem vocação.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Povo da Justiça e do Direito, gente que é de muito amor.
Da toda consideração e respeito, do espírito Trabalhador.
Dali foi gente pro Brasil inteiro, Heróis para todo rincão.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Terra e História são pra preservar, ali morou o Ancestral.
Pra gente saber e se elevar, pra nos mover grande ideal.
Pois nosso povo é Guerreiro, lutou muito pela libertação.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Vamos terra e gente louvar, na benção da Avó Madrinha.
E canção de amor cantar, pois cada Mulher é uma Rainha.
Cada um é um Companheiro, a irmandade é de dar a mão.
Sucurijuquara é Mosqueiro, é de um povo de imensidão.

Azuir Filho e Turmas: Do Social da Unicamp e, de Amigos,
de: Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.

Poesia de Homenagem à linda Terra de Mosqueiro de Belém do Pará, a Sucurijuquara de Mosqueiro, pelo seu encanto e História, de concentrar o Remanescente Fugido que faziam da Ilha o Refúgio da Liberdade com Tupinambás Murubiras, e a Vó Alvina que quando jovem e cheia de disposição, corria livre por toda esta Ilha do Amor e escolhei ali para se fixar, por amor a esta memória, que sua mãe lhe passava oralmente e que ela, por sua vez, depois de assumir o lugar da Mãe como Parteira e Rezadeira. contava aos mais jovens, como a maior herança que lhes estava passando, porque eram Valores de honra, liberdade e Amor, os maiores tesouros para junto com a terra, todos terem pelo que viver em Paz.
Uma Linda História de Uma Terra e de um Povo cheio de amor, que Vó Alvina teve papel de destaque educando sua gente para preservarem os valores de humanidade como únicos capazes de fazerem os seres humanos serem felizes na vida.

Fonte: www.overmundo.com.br/.../sucurijuquara-e-mosqueiro-e-alvina

Sobre a obra

Obra de louvor a terra e a gente de Mosqueiro com destaque a Sucurijuquara e a Obra de Vó Alvina, que cuidou do local, fundou a comunidade e criou a consciência do pessoal em classe, gênero e etnia. Mosqueiro é um Paraíso Tropical de gente bela, alegre e religiosa. Sempre foi refúgio para os escravos fugidos, que eram auxiliados pelos índios. Sucurijuquara foi um baluarte heróico na luta destes fugidos para a Liberdade. As histórias de amor pela liberdade apaixonaram Vó Alvina, que quando jovem e vigorosa, corria por toda a ilha e escolheu o lugar do heroísmo para morar. Herdou de sua Mãe, que já herdou dos Ancestrais a Tradição de ser Parteira, através das técnicas e procedimentos para os partos com segurança e os conhecimentos das Ervas medicinais para curar doenças e evitar infecções. Vó Alvina foi Mãe de Leite de Oceanira Mãe e foi também mestra da Mãe e da Filha Oceanira no manuseio das Ervas Medicinais. Alvina Mulher e Mestra Negra de História.


Fonte: www.overmundo.com.br/.../sucurijuquara-e-mosqueiro-e-alvina


MOSQUEIRO MERCADO MUNICIPAL
A VILA É NOSSA JERUSALÉM

Ali tem o sonho e o sonhar, tem simplicidade e imensidão.
É pro tempo bem aproveitar, uma Catedral da Satisfação.
Adorado é um Centro Cultural, Divino no entretenimento.
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

É Verdadeiramente Poesia, passeio pro freguês desfrutar.
Tem de tudo pra toda iguaria, tem o tempero de apaixonar.
O Peixe dali dá simpatia, é cuidado com desprendimento.
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

Santuário pra gastronomia, todos produtos fazem agradar.
Atendimento com fidalguia, felicidade no que vai saborear.
Tudo fresquinho tudo original, tem a validade a contento.
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

Tem pimenta de diversidade, verduras, legumes e cereais.
Artesanato de Universalidade, e até receitas imemoriais.
Um território tão celestial, anjos passando todo momento.
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

Lanche bom a qualquer hora, tem de secos e molhados.
Bom atendimento sem demora, artesanal e industrializado.
Tem o urti fruti mais especial, tudo ali é contentamento.
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

Ali passa a beata rezadeira, e a próxima miss que vai ganhar.
Tem turma Mestra em Capoeira, tudo pra se ver e desfrutar.
Se encontra o transcendental, boa vontade e melhoramento.
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

Todo negócio é humanizado, a preocupação é de agradar.
O visitante fica irmanado, e sempre que pode ele faz voltar.
O bom gosto é primordial, toda comunhão e entendimento
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

Teatro de amor a encantar, Bem Aventurado é o Vendedor.
Ali se liberta o bem que há, adoça e embeleza é fruta e flor.
Torna o povo e terra Divinal, eleva todo o nosso sentimento.
Mosqueiro Mercado Municipal, Alegria no abastecimento.

Azuir, Oceanira Conceição, Junior e,
Turma de Amigos de Mosqueiro.
Julho 2007.

Fonte: http://www.overmundo.com.br/banco/mosqueiro-mercado-municipal-a-vila-e-nossa-jerusalem

segunda-feira, 7 de junho de 2010

MOSQUEIRO

Seg, 16 de Fevereiro de 2009 03:21




MOSQUEIRO

Ilha bucólica fica no Pará
pequena distinta, de um esplendor
tamanho...
PRINCESA DO MAR!
Linda, com, suas ruas pequenas
praias maravilhosas
PRAIA DO FAROL, CHAPÉU VIRADO,
ARIRAMBA, MURUBIBA
e outras enfim...

E eu andava e andava,
maravilhada, extasiada
com toda aquela beleza
e sentava nas calçadas
corria nas praias...
E ficava longo tempo
contemplando o luar!

Ai! MOSQUEIRO dos
meus amores
das minhas dores
dos meus escritos dos cantos
dos passarinhos
dos meus amigos
DA SAUDADE que me invade...
Da alvorada, do Pôr do sol
daquelas ondas gigantes
DA CLELINHA, DA CECILIA,
DA REGINA, DA MAGÁ, DA VERA,
DA MAILÕ, DA MAIZÉ, DA GUTE,
DA MAURILA...DOS MEUS
NAMORADINHOS,
das nossas festas, das bagunças,
da moçada feliz!

Quantos sonhos e alegrias
quantos finais de semana
Férias de julho
MINHA JUVENTUDE que deixei lá
mosqueiro que saudades me dá!
MOSQUEIRO


Literatura - Prosa Poética
Escrito por: celinavasques



http://www.autores.com.br/2009021615844/Literatura/Prosa-Poetica/mosqueiro.html

TÔ BELÉM - NILSON CHAVES


TÔ BELÉM

Nilson Chaves


No meu corpo faz calor,
é sinal que vai chover.
Hoje tô minha cidade,
esperando por você.

Aproveite o fim da tarde
pra melhor me conhecer.
No seu riso tem saudade,
minha gente quer te ver.

O dia inteiro, o Peso aberto,
cheio de coisas pra você;
o feirante encantado
sempre pronto a lhe atender.

Tome um pôster do Mercado
pra nunca me esquecer,
prove os pratos variados
que ofereço pra você.

Hoje em mim é feriado,
na estação tudo é lazer.
Dê um pulo nos teatros
e me ouça com prazer
através dos meus cantores,
que me cantam como quê,
falam muito dos amores
e eu, nenhum pra oferecer.

Beira e o tempo varrido,
outro dia vai nascer.
Essa noite é minha e sua,
amanhã quero te ver.

Hoje eu tô minha cidade,
tô cuíra pra saber
da nossa felicidade,
tô Belém só pra você.

eu sou Mosqueiro, sou carimbó,
índio moleque paraoara.
círio de nazaré, ilha do marajó,
icoaraci, brega e marujada.

sou amazônia, eu sou RE X PA!
sabor de fruta marajoara,
mestre pinduca, rui, waldemar,
feliz lusitânia, paraoara.

tô Belém só pra você. (4x)

eu sou Mosqueiro, sou carimbó,
índio moleque paraoara.
Círio de nazaré, ilha do marajó,
Icoaraci, Calypso e marujada.

Eu sou amazônia, eu sou RE X PA!
Sabor de fruta marajoara,
mestre pinduca, rui, waldemar,
Janelas para o rio, paraoara.

tô Belém só pra você. (4x)

AMOR EM MOSQUEIRO - FB MANIA


Amor Em Mosqueiro


Já fiz de tudo tentando esquecer
Aquela noite quente de verão
Que em mosqueiro te fiz minha vida
Em busca do insaciável prazer
De lá pra cá nunca mais fui feliz
Pois minha alegria se resume em ti
Teu cheiro amor já paira no ar
Me convidando outra vez pra bailar

Amor
Vem me dar prazer
Vem fazer historia
No meu viver
Só teu amor
És minha paixão
Dessa união o bem irá nascer


Amor Em Mosqueiro

FB Mania

domingo, 6 de junho de 2010

MOSQUEIRO: ONTEM - HOJE SEMPRE

MOSQUEIRO - ONTEM - HOJE SEMPRE

Celeste Proença


Mosqueiro - a ilha refúgio, encantada e ingênua em suas cores e flores,
é broto a sorrir em moldura dourada de outo e luz, exibindo aos passantes
toda a beleza inata de suas curvas, de seu fascínio, de seu esplendor.

Mosqueiro é sorriso sem par de criança deslumbrada, gargalhando feliz
sob um céu de ninguém, na vertigem da brisa que vem e que vai, trazendo
notícias, transando amizades, levando saudades.

Mosqueiro - é rede dançando em câmara lenta, pedindo luar para um sonho
de mostério e de paz. Na dança das horas, num céu de plenilunio, num afogar
de risos e flores, Mosqueiro é sem par, não tem silmilar. É um bem de todos -
que a todos faz bem, pois há tanto mistério na ilha refúgio, banhada de sol
e de vento, banhada de mar, que chega a fazer um estado de espírito
a quem se instalar em suas cercanias. Como a própria felicidade, passageira
e fugaz, que todos pedem, que todos desejam e ninguém retém...

Pelo mar, pelo ar e por terra brotam veranistas, que surgem cansados e felizes
porque chegaram ao seu próprio Eden. Tudo é um só gesto, tudo é fraterno,
tudo é amor; porque a gente sente que a ilha morena a todos abraça
e a todos convida ao mais puro fazer.

Assim é Mosqueiro - das madames luxo, de brotos estonteantes de corpos
perfeitos, que se desnudam em roupas coloridas à mercê da natureza que
as dotou de beleza admirável!
Crianças a esmo esbanjam um encanto maroto ao sol e à brisa que passa
cantando, rendilhando cabelos, fazendo carícias em orelhinas rosadas
queimadas de sol.
Babás coloridas, de biquinis ousados, entontecem a moçada que passa e admira;
a fala e comenta numa conversinha de férias, num balaô de graça e espanto.

Mas Mosqueiro é muito mais que isso. É caminho rasgando selva, descobrindo
beleza, falando progresso. Surgem praias sem fim, olhando assustadas
de dentro das moitas, num guaraní de sons e atabaques, saídos de entranhas
de terra cabocla, virgem de guerras.

E até um igarapé, de tão satisfeito, de tão apixonado, resolveu aparecer
deslumbrado e feliz, na praia São Francisco, num união de pura adoração,
para um enlace à luz do luar...

Mosqueiro - é multiplicação de praias, cada vez mais bonitas,
de areias mais alvas, de dorso mais fino, como cheiro de mato...

Mosqueiro - é o próprio uirapuri das selvas que a todos atrai
com seu canto misterioso e eterno.

Pudesse eu te levar, Mosqueiro, em minha bagagem
e cansada do burburinho da cidade,
te armasse como a uma rede, num canto qualquer,
num arroubo de saudade, que bem me faria!

Eu te amo, Mosqueiro, ilha da minha ternura, refúgio do meu lazer,
das minhas grandes recordações...
Nas tuas praias, nas tuas estradas, nos bumbás que se exibiam em quadras juninas,
nas fogueiras crepitantes e douradas, nos banhos de cheiro
e nas sortes ingênuas vislumbradas , num misto de curiosidade e fé,
há um manancial imenso das mais puras e enternecedoras recordações
da minha adolescência.

No meu abraço carinhoso e amigo, vai todo o bem que existe em mim
para a grandeza maior da ilha morena, encantada de sombras e luares,
de serestas e amores, balançando saudade, num sabor diferente,
trescalando a banho cheiroso de São João...

Celeste Proença
Louvação ao Mosqueiro
... e outros escritos
Editora Grafisa, 1983
Belém - Pará


ESCORREGANDO NO TEMPO...

Autora: Celeste Proença

O luar está filmando a gente. Que lindeza!
É Mosqueiro. É Verão. É maresia garota:
É o tempo em que, de repente
a lua se esconde entre nuves malandras
e amarra a brisa inquieta na ilharga do céu...

Há música no ar que se dilui sorrindo.
Até a preamar chegou bem de mansinho
desafiando o vento em marombas de amor.
Mas é Mosqueiro! É beleza na bênção que o sol manda.
É saudade, é grandeza nas praias sem fim
que se desnudam para sem amadas...
E eu escorrego no tempo
num céu azulado a cantar desafios
a ouvir serenatas de imensa poesia
em acordes sem fim, vestindo beleza!

Por isso eternizei Mosqueiro
nesta paz que é só minha
que me enfeita feliz no silêncio da brisa
onde a saudade, às vezes, fica ausente,
porque o presente é o passado versejando
a trazer alegria ao coração da gente!

A madrugada se espreguiça no arvoredo
sob um céu de ninguém, embrulhado de estrelas
sacudindo a ilusão do orvalho que adormece.

Escorrego no tempo entre nuvens sem sombras
neste céu infinito, neste céu do Mosqueiro
que nunca está sozinho porque é amor presente
é o passado a cantar vendavais de beleza
de ternura e de sons, saudando a ilha morena!

GLORIOSO MOSQUEIRO

É Mosqueiro acordando entre afagos de nuvens
ouvindo murmúrios da mata a se amar
dormindo feliz ao escutar serenatas
em doce ternura da rede a embalar...

Não deixes que tirem tua simplicidade
de índia, cabocla, tapuia a sorrir
saudando a quem chega de braços abertos
amando a quem fica para não partir.

É tanta a beleza que emana da ilha
é tanta a festança em maré de emoção
que o tempo abre a porta e Deus aparece
jogando mil bençãos em cada oração.
Mas é mês de julho e Mosqueiro é uma festa
em tudo o que é estrada, nas praias sem fim.
A ilha morena se cobre de flores
criando mais cores - é toda um jardim.

Gritinhos no ar balançam o arvoredo
e chuvas bem gordas despencam dos céus
limpando o infinito pra a lua cirandar

É um lugar de alegria, simplório, risonho
recorte de um mundo onde eu quero viver
amando o que resta de todos os sonhos
o encanto das horas, de um amanhecer.

Visitem o Mosqueiro e esqueçam a violência
o resto lá fora, eu nem quero saber
e abracem, felizes, manhãs gloriosas
tão cheias de vida, tão harmoniosas
e digam depois se querem morrer!

Celeste Proença

MOSQUEIRO

Tua verde orla
Tua bela silhueta
Teu coração matico
Meu amor de carola
Meu carinho careta
Minha paixão cativo
Sou o forasteiro no oásis
Sou o barquinho que volta
Sou entregue ao leu seio
E carinhosamente só te acho.

Autor: Carlos Ribeiro
Publicado no Jornal do Mosqueiro

MOSQUEIRO

Autora: Maria de Lourdes Araújo Cardoso
Livro: A Outra Face
Ano de publicação: 1987

Percorrendo a estrada ensolarada
o caminho da paz que dizem longa,
meus filhos, o marido companheiro,
completam a paz que encontro no Mosqueiro.

Carros passam por mim, enfileirados,
o verde matagal enfeita os lados.

Carramanchão sem flores na pracinha,
elas enfeitam o altar da capelinha.

Da semana o fim espero tanto,
e a calmaria da ilha como encanto.

Na verde grama pousam borboletas,
beija-flores sugando violetas.

O passado distante está presente,
nas Três Marias que abrigava a gente.

A casinha de porta com letreiro,
me faz lembrar a infância noMosqueiro.

Vasos suspensos no alpendre tristonho,
alegram o avarandado de meus sonhos...

Felicidade inteira, não partida,
só na alameida da casa escondida.

CANTANDO A ILHA (MARAÚ)

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Foto: autor não identificado

CANTANDO A ILHA

MARAÚ

(Autor: Prof. Alcir V Alvarez Rodrigues)

As línguas dos marinhos

dragões vibram e tão líquidas

bailam, suavemente psicografando,

nas areias da selvagem praia do Maraú,

divulgando mensagens, vozes codificadas

de místicas ancestrais línguas doces.


Max Martins, como um Anchieta

moderno, versifica sua imaginação

no bege macio das areias, sob um céu

às vezes nem tão inspirador, a não ser

para quem de chuva seja amante inconteste.

As escuras pedras vigiam seu passeio,

escrevilendo (com ele) o inscrito poema do vagamundo

que na praia encontra um Paraíso muito próximo dali.

As Guaribas da Ilha ora silenciam, ora em grupo guincham,

quando de longe veem o poeta se perder nos longes da distância

sumindo desaparecendo dos olhos dos símios vigilantes e frustrados,

tristes,

sem entender seus caminhos, novos caminhos

traçados por um trilho dele próprio,

inaceitáveis para os velhos tempos?

Ou tão respeitáveis, apenas

uma novidade,

inapreciada,

até então?

Os marinhos dragões rugem,

Maaaax, Maaaaaaaaaaaaxxxxxxx,

Ma... Ma... Maaaaxxx... ― uivos líquidos

lavam a areia e ecoam um canto/pranto

nas melancólicas tardes da solitária

enseada da praia de Mayarahú, esta

“luz do sol ao amanhecer”, segundo os tupinambás.

Ele não volta, está em seu porto,

Porto Max, cabana de devaneios.


As pedras escuras da praia lamentam

A ausência de seu cantor, por isso

se submetem às surras das línguas

do mar: Maaaaaxx... Maaaaaxxxxxxx...

Ele já se foi... Mas estará presente, sempre

estampado seu nome na paisagem, sempre

a lembrá-lo nas vozes a ecoar: Maaaaaxxxx...

Maaaaaxxxx, Maaaaaxxxx, Maaaaaaaaaaaa.

Alcir

Publicado no Recanto das letras em 05/05/2010.

AUGUSTO MEIRA FILHO - ESCRITOR EMPREENDEDOR

AUGUSTO MEIRA FILHO - ESCRITOR EMPREENDEDOR


Levantou a História da Ilha,
Santa Terra e Heróica Gente.
Por sí só obra que brilha,
Terra linda e de seu Povo valente.
Fez seu livro com valor,
que honra o Intelectual Brasileiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.
Um Homem Político de fato,
com a abrangência Universal.
Com seu preparo e Mandato,
nos revolucionou o Municipal.
Uniu ao telento de escritor.
A visão cientifica do engenheiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.


Dinâmico, firme sensato,
da forca de máquina no construir.
Aquele tipo do candidato,
que era fácil de votos conseguir.
Simpático e elegante cavalheiro,
tão experimentado viajeiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.
Obra de apresentação veemente,
terra querida a apaixonar.
No livro a ilha e o continente,
as perspectivas e todo o lutar.
Nobre e caprichoso orador,
nosso tão venerável Timoneiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.
Fala tudo do povo nativo,
na vida com o colono trabalhador.
Com o Negro Interativo,
formando esse povo empreendedor.
Prático como organizador,
Mestre como o velho Marinheiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.
Fala da atividade de moquear,
agente de trabalho e renda.
Um recurso de emancipar,
pra nossa população uma prenda.


É pra divulgação com amor,
como arrojado trombeteiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.
A alegria e a nobre vocação,
que vai a terra e o povo elevar.
Turismo como emancipação,
que esta no costume desse lugar.
Livro agradável pela composição,
pro amante ou o violeiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.
Com a Ponte a Modernidade,
e no turismo a transformação.
O Crescimento da Comunidade,
a categoria e a distinção.
Um livro de todo esplendor,
bem claro, profundo e pioneiro.
Pra Augusto Meira Filho Louvor,
o Escritor de Mosqueiro.

Azuir Filho e Turmas: Do Social da Unicamp e, de Amigos, de: Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.
Poesia de Homenagem a Augusto Meira Filho, Autor do Livro “Mosqueiro Ilhas e Vilas”, que é o Trabalho mais completo em informações para o conhecimento da História da Ilha do Amor. Augusto foi o Engenheiro Responsável pela construção da famosa e arrojada Ponte Belém Mosqueiro. Obra Notável da Engenharia Brasileira. Foi homenageado pelos Trabalhadores da Obra e Está ele também na História da bela Mosqueiro e da Prefeitura de Belém do Pará, como Empreendedor e apaixonado Cidadão.
A Ponte interligou a Ilha de Mosqueiro com a Cidade de Belém do Pará com grande desenvolvimento do Turismo e do lazer onde se deu grande troca de informações e notícias entre visitantes e visitados, que deu forte impulso para a difusão da Cultura Amazônica, nossa Igreja com Nossa Senhora do “O” e Imaculada Concei,ç aãso nossas Férias de Julho , nosso Mercado Municipal de Mosqueiro, o Mito da Conceição, a nossa Vó Alvina, e a nossa Sucurijuquara, a linda História doC ão de Pescoço Esfolad,o a bela História do Passarinho e a inesquecível História dMe ãe Oceanira Tigresa. Nosso Amor e Orgulho pelo Trabalho de Augusto Meira Filho que é um grande benfeitor de Mosqueiro a Ilha do Povo do Amor, e nós que a amamos com orgulho fazemos lhe louvar. Pra Augusto Meira Filho Louvor, o Escritor de Mosqueiro.

DIREITOR RECONHECIDOS E AGRADECIDOS
F1- Livro Mosqueiro Ilhas e Vilas de Augusto Meira Filho, 1978
http://haroldobaleixe.blogspot.com/2009/04/mosqueiro-ilhas-e-vilas-in-post.html
F2- Livro Mosqueiro Ilhas e Vilas de Augusto Meira Filho, 1978
http://haroldobaleixe.blogspot.com/2009/04/mosqueiro-ilhas-e-vilas-in-post.html
F3. Livro Mosqueiro Ilhas e Vilas de Augusto Meira Filho, 1978
http://haroldobaleixe.blogspot.com/2009/04/mosqueiro-ilhas-e-vilas-in-post.html
Obra original disponível em:
http://www.overmundo.com.br/banco/augusto-meira-filho-escritor-empreendedor

Fonte:
www.overmundo.com.br/.../augusto-meira-filho-escritor-empreendedor (PDF)

O ADEUS AO POETA AUGUSTO MEIRA FILHO



O ADEUS AO POETA

(Em memória a Augusto Meira Filho)


Celeste Proença

Calou-se, de repente, o poeta faceiro.
Toda Belém chorou, num adeus derradeiro
num abraço de dor e de saudade imensa...
A verve, a oratória, a cultura invejável
o amor que dedicou à cidade adorável
tão cheio de ternura, uma ternura mansa
encantado e ditoso em marés de esperança
namorando, ao luar a cidade morena.
Calou-se, de repente, o poeta faceiro
que cantava Belém em versos verdadeiros
exaltando-a, bem alto em desafios de amor.
A cidade chorou. Também todo o Mosqueiro
numa chuva manhosa, abraçando o Diamante,
o bambual quieto, a sua casa adorada
escondida e feliz abrigando a amada
a dona dos seus olhos olhos, que enfeitou sua vida
de beleza e de graça em todos os instantes.
Calou-se Meira Filho. Os poetas não morrem
emudecem o seu canto para ouvir estrelas
na imensidão do céu que pertence a ninguém!
Ilha morena - aonde está o teu canto
o teu raio de sol, tua roupa de luar?
Procura a brisa amena, o marulhar das ondas
o farfalhar das frondes das mangueiras tontas
e leva e deposita aos pés do teu cantor
a fim que que ele saiba que o lembramos muito
e que bem junto a nós, continua contemplando
a sua Belém ingênua, a sua eterna amante
que ele cantava a rir em ritmo constante
apaixonado e puro como adolescente...
O poeta calou. Seu sono é bem tranquilo
sob as frondes sem par das mangueiras amadas
espalhando o silêncio, a sombra benfazeja.
Que seja calmo e belo o seu sono de paz
a fim de não abalar a beleza das horas
no murmúrio da brisa que a saudade traz!

Celeste Proença
Louvação ao Mosqueiro
... e outros escritos
Editora Grafisa, 1983
Belém - Pará

(A Província do Pará, 10.08.1980)





Augusto Meira Filho
Autor do Livro: Mosqueiro, Ilhas e Vilas, 1978

Mosqueiro Ilhas e Vilas












S.O.S. A SAMAUMEIRA


S.O.S. a Samaumeira

Sou de uma será secular

Numa flores cresci

E vivi sem me cansar,

mas, o progresso aqui

também veio morar

Nesta terra onde nasci

Ninguém me deixa sossegado.


A estufa

já começa a me queimar

e o clima

dessa Ilha Maravilhosa

até quando

vou poder purificar


Esta selva

de concreto me aperta

mas os japiins

fazem a festa

tentando me alegrar.


Sou a SUMAUMEIRA GIGANTE

frondosa da natureza

minhas lãs formam

uma nuvem cintilante

que o vento leva

deixando o céu uma beleza.


Não corte meus galhos

Pois são agasalhos

Da passarada que canta

E não cansa.


Não pedi pra nascer

mas nasci pra viver


Não ofereço perigo

mas, sim, abrigo!


Nesta bucólica que encanta

eu sou amazônica


Distante eu sou bonita

o pescador me avista


Não pedi pra nascer

mas nasci pra viver.


Autor: Graciliano Ramos Milhomem




sábado, 5 de junho de 2010

APOTEOSE

Praia do Chapeu Virado
Foto: JCSOliveira



Oh! por-de-sol cor de ouro da minha ilha morena
quese espreguiça de amor, nos braços da tarde amena
numa explosão colorida, resplandecente de luz!
É tão belo de se olhar, na grande orgia de cores
que nos deixa estonteados, embevecidos, parados
mil preces balbuciando e sobre o peito trançado
num silêncio emocionante, o grande Sinal da Cruz!
MOSQUEIRO- é um presente de Deus que se espalha
por todas as raças, sem haver distinção
pois todos se irmanam na dança das horas
num amor verdadeiro, desnudo, inocente
amor que se entrega, que é parte da gente
afeto que une formando oração.

FAROL, meu FAROL, encharcado de amores
do mastro solene lembrando ternura
das tardes quietas cantando varões...
Terreal que nos leva a sonhar quietinhos
sem poder nem falar, lembrando carinhos
sob um céu colorido, onde nuves se abraçam
e conversam baixinho contando segredos
de estrelas cadentes, falando mistérios
da brisa que leva e que traz emoções.

Tudo isso é Mosqueiro, é o Farol, é a Vila
é aquele pôr-do-dol, envolvente, perfeito
que abençoa, a sorrir, quem o ama a rezar.
Que agoniza entre nuves sangrentas, manhosas
vestidas de ouro pra a noite agradar...
As férias terminam, mas resta a esperança
que a ilha não mude, simplória e faceira
tão cheia de graça, e de malemolência
dormindo feliz entre espelhos e estrelas.
Cantando e amando o pedaço de chão
que a faz tão ditosa, irreal, deslumbrante
inquieta, ao luar, em forma de canção!

Celeste Proença

MOSQUEIRO

Praia do Chapéu Virado
Foto: JCSOliveira

MOSQUEIRO


Celeste Proença

Ilha morena dos meus sonhos de criança
quando o amor era a centelha da esperança
cantarolando no meu coração.

Primeiro e doce bem da minha vida
alegria de adolescente - ilha querida
relicário de um mundo de emoção!

Como eu te amo e me envaideço deslumbrada
de sua a tua eterna namorada
ignorando o tempo que se foi...

A madrugada te adormece, de mansinho
buscando nas estrelas mais carinho
e no rosto do tempo mais luar.

Por isso é que no teu aniversário
caminhamos nos braços da saudade
acalentando o nosso amor em pensamento.

E no topo do mundo cantei felicidade
e me embrulhei na tua eternidade
amando-te ainda mais no caminho do vento!